terça-feira, 21 de dezembro de 2010

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

das possibilidades

é impossível ver-te com ela e não lembrar dos nossos dedos enlaçados
é impossível caminhar só na noite e não lembrar de "and I love u so" aos beijos e gargalhadas
é impossível acordar no domingo pela manhã e não pensar em "hummingbird", lembrar do cheiro de suor e do verde e doce cheiro que deixava o pequeno quarto enevoado
(não lembrar do chiado do vinil)
é impossível viajar e não pensar em te contar tudo o que está acontecendo
viajar e não lembrar de quantas vezes isso foi dolorido
(as separações à força do destino)
é impossível voltar no tempo
é impossível apagar o passado
e é impossível não lembrar de tudo,
sem pensar em recomeçar
sem ti

terça-feira, 2 de novembro de 2010

acho que o imperfeito não participa do passado

teu sorriso amarelou
teus olhar é opaco/perdeu o brilho
tua mão passa pelo meu corpo,
mas não sinto palma,
não sinto dedos
sinto a mão fechada
o punho cerrado e pronto para agredir um passado
que para mim não passou
quando move os lábios
não ouço palavras que possa compreender
tua voz era doce
como os beijos que nunca mais demos
esse amor que sinto ainda é tenro
mas tua apatia, aos poucos me contamina
e ela não combina com as flores que plantamos no nosso jardim

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

devaneios

dizer que odeia
mas amar, sim
mas dizer que ama
e odiar
é morrer um pouquinho todos os dias

se não houvessem dúvidas
estaria provado que não pensamos
se não houvessem desafios
é certo que não viveríamos

se pudesse voltar no tempo
seria para mudar minha incapacidade de aprender com erros



quarta-feira, 22 de setembro de 2010

vó Sofia

A dona Sofia (minha bisavó) foi a figura mais esperta que conheci. A véia era desbocada, contadora de histórias, batalhadora, trabalhadora, índia véia que não gostava de ser chamada de bugra, sempre muito atenta a tudo que acontecia a sua volta, invocadíssima (herança prá muitas gerações de mulheres), adorava ouro e adorava minha batata no bafo. São tantas coisas boas prá escrever sobre ela! Pena, bisa, que não deu prá senhora contar mais histórias prá nós. Mas te liga nessa: um dia vou prá Cambará buscar aquele tesouro que a senhora uma vez me contou! Hoje, a senhora fechou os olhos para não mais abrir com o corpo que tinhas, mas deixaste nessa brugramoa e em todos que te conheceram um grande exemplo, uma grande vontade de viver!

sinta vontade de ficar

eu quero muito saber como vou me sentir depois que tudo isso passar

perceber coisas que eu construí

e

re

construí(r)

e por mais que eu pensasse que esse castelo pudesse desmoronar

eu não acreditava

pois não se tratava de príncipe

e princesa

éramos eu e tu

nós marchamos

e agora pagamos

ou pago eu

a pena de não tentar

mais dias especiais

te lembras:

"eu:

-no que estás pensando¿”

( ao pôr)

relutaste

aos risos questionava

ou melhor

exclamava o amor

que lindos fomos

não acredito que seremos

piores amanhã.

sábado, 21 de agosto de 2010

andei lendo

"Vivemos, agimos e reagimos uns com os outros, mas sempre, e sob quaisquer circunstâncias, existimos a sós. Os mártires penetram na arena de mãos dadas, mas são crucificados sozinhos. Abraçados, os amantes buscam desesperadamente fundir seus êxtases isolados em uma única autotranscendência; debalde. Por sua própria narureza, cada espírito, em sua prisão corpórea, está condenado a sofrer e gozar em solidão. Sensações, sentimentos, concepções, fantasias - tudo isso são coisas privadas e, a não ser por meio de sílmbolos, e indiretamente, não podem ser trasmitidas. Podemos acumular informações sobre experiências, mas nunca as próprias experiências. Da família à nação, cada grupo humano é uma sociedade de universos insulares." , já dizia Aldous Huxley em: AS PORTAS DA PERCEPÇÃO.

terça-feira, 13 de julho de 2010

GIZ, do interior para o interior.

" E mesmo sem te ver
Acho até que estou indo bem
Só apareço por assim dizer
Quando convém aparecer
Ou quando quero..."

Em cima da escada
Não há mais fumaça
Não há mais risos que incendeiam
Não vemos mais o velho oeste, na vila nova.
Só há silêncio e saudade
A distância nos separou
- por nossa opção
O amor não se esgotou
( o amor não tem fadiga)
Mas a saudade se sentindo só
Deu as mãos ao esquecimento
e o que restou
foram palavras ao vento

num domingo de sol e sorrisos
num até logo longo demais.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

mal me quer, bem te quero

- Eu fico com o carro, tu: com as mágoas!
Nada passou de mero interesse comercial
E assim vão e vã, vem relações
Quaisquer tipos de relações
As pessoas desaprenderam a amar
" Oh! Já estás amando?"
- Mas... que motivos tens para amar fulano?
Quando a preocupação deveria ser:
" Oh! já estás odiando ciclano! "
- Mas o que pode nutrir esse sentimento,
exceto tu?
Não quero me acostumar com isso.
Prefiro amar sem porquês,
do que nutrir ódios que deixam espaços nas pilhas de cartas,
fofocas nas esquinas,
e sempre um bode expiatório.
Nada do que tenho dado a quem amo
tem valor material
E não admito que me roubem sossego
sem me oferecer paz:
O contraditório ao que lê a toa...
...O real a quem sabe atender um amigo EM TODAS AS HORAS.
Podes levar a roupa que eu uso
mas não queira desviar meu olhar do que é maior:
o amor.
Ele não bancará tuas viagens,
Nem teus porres,
Mas ele SEMPRE EXISTIRÁ,
apesar da cotação da moeda vigente.
Se tu não queres meu amor,
ao menos não espere que eu crie nada,
nenhuma coisa que seja negativa em relação a ti.
Mas eu entendo...
é difícil dar atenção ao que não se espera ouvir.
E é pior engasgar,
mas se preferes levar bens materiais e o nó na garganta,
saibas que nada me falta,
mas tudo seria AINDA MELHOR se quisesses participar.
E nós na garganta não irei cultivar.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

do interior para o interior

penso e pesco distante o sorriso galante do meu amigo elefante. penso e carrego bolso um gato dengoso. penso e descanso, pois meu camarada ganso está sempre disposto. penso na distância. lembro de irrelevância. penso na ausência, e esqueço-a rapidamente, pois guardo em mim um pouco de todos os bichos. minha conciência ...sabe, que perene, beijou na alma a essência de amores maiores. penso e me guardo para mil abraços.

óh.

não existe perfeição
sem amor no coração

o amante atrapalhado

enquanto ele vinha
eu,
vinho.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

tpm

os alunos do ensino superior ainda não aprenderam a separar o lixo.
a burrice é o que entope os boeiros.
é o lixo que enche câmara, senado...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010